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Mostrando postagens de julho, 2010

AO ENTARDECER

Mais tarde, servo que descansas, Quando a sombra, envolver-te os olhos fatigados. A noção do tempo crescerá em tua alma E o senhor da vinha Dir-te-á do monte da consciência:   Que fizeste da tua luz?   Onde guardaste os raios do Sol,   As gotas do orvalho,   As sementes divinas,   O arado amigo e realizador?   Que fizeste do meio-dia rutilante   Onde deixaste   Os rebentos novos,   As febres opulentas,   Os frutos generosos   A dádiva do suor? Contemplarás as mãos vazias, Suportarás o coração tocado de remorso E dirás, em obediência Ao antigo hábito de enganar a ti mesmo: - O Sol causticante crestou a terra do meu campo, Chuvas copiosas trouxeram imensas inundações... Vermes invasores destruíram a erva tenra, Serpentes venenosas atacavam-me os pés. Aos espinheiros que se erguiam acima do solo Respondiam pedras em baixo, Anulando-me a tarefa... Se surgiam alguns brotos na encosta, A Lama descia célere... Se rebentos humildes vinham à planície, Os detrit