DE PASSAGEM
Irmão, Enquanto gemes, cresce a erva para curar-te as dores, E enquanto dormes, a pedra te sustenta a habitação. Enquanto te desfazes em revolta, o verme permanece trabalhando, submisso ao Senhor, no preparo do chão para que a vida não cesse. Enquanto te confias a impropérios da queixa, dispõe-se a gota d’água a socorrer-te a sede. Enquanto te enveredas no labirinto imenso da palavra insincera ou do tempo perdido, o minúsculo grão desenvolve-se, humilde, para atender-te a fome e ajudar-te o celeiro. Ao redor de teus passos tudo clama – “que fazes?” Entretanto, guardas ouvidos surdos e as tuas mão inertes rogam, em vão, o amparo que deviam por si mesmas, enriquecendo o bem para a luz imortal. Abre o teu coração À glória da verdade e à fonte do amor Que dimanam sem termo do Coração da Vida. Para que o Sol Divino encontre no teu peito o instrumento ideal de manifestação, porque a bênçãos do corpo é qual a flor da erva, Hoje brilhando ao céu, amanhã, semimorta... E o Pa