DE PASSAGEM

Irmão,
Enquanto gemes, cresce a erva para curar-te as dores,
E enquanto dormes, a pedra te sustenta a habitação.
Enquanto te desfazes em revolta, o verme permanece trabalhando,
submisso ao Senhor, no preparo do chão para que a vida não cesse.
Enquanto te confias a impropérios da queixa, dispõe-se a gota d’água a socorrer-te a sede.
Enquanto te enveredas no labirinto imenso da palavra insincera ou do tempo perdido,
o minúsculo grão desenvolve-se, humilde, para atender-te a fome e ajudar-te o celeiro.

Ao redor de teus passos tudo clama – “que fazes?”
Entretanto, guardas ouvidos surdos e as tuas mão inertes rogam, em vão, o amparo
que deviam por si mesmas, enriquecendo o bem para a luz imortal.

Abre o teu coração
À glória da verdade e à fonte do amor
Que dimanam sem termo do Coração da Vida.
Para que o Sol Divino encontre no teu peito o instrumento ideal de manifestação,
porque a bênçãos do corpo é qual a flor da erva,
Hoje brilhando ao céu, amanhã, semimorta...

E o Pai Justo e Bondoso
Que rege o grão de pó e as estrelas suspensas
Vela, agindo conosco, dentro e fora de nós,
Perguntando a nós todos, em cessando o minuto:

- “Meu filho, que fizestes?”

pelo Espírito Rodrigues de Abreu - Do livro: Nosso Livro, Médium: Francisco Cândido Xavier.

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